Cinco presos no DF suspeito de integrar quadrilha que roubava carros (Foto: Isabella Calzolari/G1) |
Um cabo do Exército de 23 anos foi preso na manhã desta quarta-feira (17) no Distrito Federal suspeito de, junto com outras seis pessoas, integrar uma quadrilha de furtos, roubos e receptação de veículos. De acordo com a Polícia Civil, o militar não tinha antecedentes criminais.
O Exército informou que o militar será transferido para a prisão do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde ficará a disposição da Justiça. “O cabo serve atualmente na Diretoria de Gestão Orçamentária do Exército (DGO) e será julgado pela Justiça comum”, disse.
Dois dos suspeitos são detentos do Centro de Progressão Provisória (CPP) e cumprem regime semiaberto. Um terceiro suspeito é ex-detento do CPP. Segundo o delegado-chefe da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), Marco Aurélio Vergílio, o trio articulava os crimes de dentro da cadeia e executava ao sair para trabalhar pela manhã.
Os crimes ocorriam nas asas Norte e Sul, Sudoeste, Cruzeiro, Núcleo Bandeirante eTaguatinga. Segundo a corporação, após terem os sinais identificadores alterados, os veículos eram transportados para cidades do interior de Minas Gerais e Mato Grosso.
O delegado afirmou que o grupo tinha como preferência picapes e caminhonetes. “São veículos que têm mais procura no interior das cidades. Esses locais praticamente não têm fiscalização, então são vendidos facilmente.”
Durante a operação desta terça, além das sete prisões, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Três carros foram apreendidos na casa de um dos suspeitos, sendo que um dos veículos era clonado. Os outros dois vão passar por perícia.
Cinco dos suspeitos foram presos em Brasília e dois em Minas Gerais. Oito veículos que teriam sido roubados pela quadrilha foram recuperados entre dezembro e maio deste ano.
Segundo Vergílio, os veículos alvo dos crimes eram revendidos entre R$ 1 mil e R$ 12 mil. As caminhonetes adulteradas eram vendidas por cerca de R$ 10 mil. Já carros populares custavam R$ 5 mil.
O delegado afirmou que eles costumavam abordar mulheres que estivessem sozinhas dentro dos carros. “Isso facilitava a ação. Um ou mais de um deles, para não aparecer durante a ação, parava o carro próximo e apenas um descia para praticar o roubo portando arma de fogo”, explicou.
Os suspeitos vão responder por crimes como associação criminosa (com pena de 1 a 3 anos de prisão), receptação (com pena de 1 a 4 anos de prisão), adulteração de sinal identificador de veículo automotor (com pena de 3 a 6 anos de prisão), furto qualificado (com pena de 2 a 8 anos de prisão) e roubo circunstanciado (com pena de 4 a 10 anos de prisão, podendo ser aumentado em até 50%).
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