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Cel Marcelo Câmara, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro avalia delação premiada - créditos CNN

Créditos CNN


Ex-assessor de Bolsonaro avalia delação premiada, diz defesa

Advogado Eduardo Kuntz afirma à CNN que Marcelo Câmara está "aberto a ouvir" propostas

Sede da Polícia Federal (PF) em Brasília
Sede da Polícia Federal (PF) em BrasíliaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Gabriela Pradoda CNN

Brasília

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A defesa do ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL) e coronel da reserva do Exército, Marcelo Costa Câmara, afirmou que o militar avalia fechar delação premiada nas investigações em andamento na Polícia Federal (PF).

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Câmara cumpre prisão preventiva desde a deflagração da operação Tempo da Verdade. Além da investigação pela tentativa de golpe de Estado, ele também é alvo da apuração que investiga o extravio de vendas de joias no exterior do acervo da Presidência da República, no governo Bolsonaro.

O advogado Eduardo Kuntz afirmou à CNN que Câmara está “aberto a ouvir” propostas de colaboração. Ele só estaria no aguardo de uma nova oitiva “para que possam ser dados os esclarecimentos e falar sobre isso [delação], caso seja de interesse da autoridade policial, membros da Procuradoria [Geral da República], ou do próprio ministro [do Supremo Tribunal Federal] relator “.

Segundo fontes da investigação, a iniciativa deve ser da defesa de Câmara. E se houver algo a acrescentar, além do que já foi informado, pode ser avaliado um acordo de colaboração.

Câmara foi convocado a prestar depoimento no dia 22 de fevereiro, junto com demais investigados. O advogado do militar também representa Tércio Arnaud Thomaz, também investigado.

Como estava com Tércio Arnaud, o advogado não acompanhou o cliente. A defesa já pediu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma data para um novo depoimento, mas não houve decisão da Corte, segundo o advogado.

O argumento da defesa é que Câmara não teve direito à defesa assegurado, além de ter sido “coagido” a ficar em silêncio. Segundo a defesa, o militar tem “a intenção de colaborar com as investigações e com a correta elucidação dos fatos, respondendo a todas as perguntas possíveis”.

Na época, fontes da PF justificaram que todos foram avisados de que os depoimentos foram simultâneos e por isso, a defesa poderia ter levado um outro advogado, o que não foi feito.

Logo depois desses depoimentos, a defesa chegou a dizer que a chance de delação de qualquer um dos dois investigados era “zero”.

Investigações

Coronel do Exército da reserva, segundo as investigações, Câmara tem formação nas Forças Especiais (FE) e atuou como Assessor Especial da Presidência da República de Jair Bolsonaro.

Na representação policial, ele é apontado como um dos assessores mais próximos de Bolsonaro. Depois do fim do mandato, foi nomeado como assessor para acompanhar o ex-presidente aos Estados Unidos.

Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a investigação sobre golpe de Estado, a PF apontou que  o militar “era o responsável por um núcleo de inteligência não oficial do Presidente da República, atuando na coleta de informações sensíveis e estratégicas para a tomada de decisão de Jair Bolsonaro”.

Câmara também teve mensagens interceptadas com Mauro Cid que apontam que ambos trocavam informações sobre viagens do ministro Alexandre de Moraes.


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